terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Colunista da Folha mostra fiasco de Flávio Dino na Embratur e cinismo no jogo político




A entrevista do colunista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, com o pré-candidato ao Governo do Maranhão, Flávio Dino, serviu apenas para mostrar, mais uma vez, a péssima relação que o comunista tem com a verdade.

Receoso de que o desempenho pífio à frente da Embratur tenha reflexos na eleição de 2014, Dino determinou ao séquito de assessores que distribua releases e matérias com elogios à sua gestão, encomendados por ele mesmo a amigos. A edição desta segunda (3), do tabloide oposicionista Jornal Pequeno, traz em metade da página principal da editoria de Política um destes releases que fariam corar de vergonha qualquer dirigente de órgão público que não fosse Flávio Dino.

O título é um blefe deslavado: “Trabalho de Flávio Dino no comando da Embratur é reconhecido nacionalmente”. Sobre “trabalho” já se sabe que ele nunca foi muito fanático, agora ser “reconhecido nacionalmente” é tão cabotino quanto embusteiro. Dino adora lamber a si mesmo.

Toda a Imprensa nacional sabe do fiasco de Dino à frente da Embratur. Na entrevista ao blog do colunista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, a avaliação do jornalista é irrefutável:

Dino deixará a Embratur sem conseguir devolver para patamares razoáveis os preços a serem cobrados pelos hotéis brasileiros durante a Copa do Mundo. Desde o ano passado, a pasta do Turismo estima que os preços das diárias hoteleiras sofrerão variações de até 580%. “Creio que nós conseguimos evitar uma expansão ainda maior nos preços”, diz o ainda presidente da Embratur. Ele avalia que a situação “pelo menos não piorou”. Dino culpa a Fifa pelo descalabro”. Aliás, culpar, é uma das especialidades do comunista maranhense, na cômoda situação de oposição.

O presidente da Embratur conjuga uma personalidade contraditória em um misto de atirador de pedras (e de “Pedrinhas”, conforme ficou comprovado) e de completa incoerência política. O próprio Josias de Souza escreveu com sutileza e elegância: “Flávio Dino, tornou-se a personificação do paradoxo”. E citou o que se pode classificar como cinismo e oportunismo, querendo uma unanimidade em torno de si que não existe no jogo político.

Souza faz a análise: “Filiado ao PCdoB, uma logomarca que vem sempre enganchada ao PT, Dino se equipa para disputar o governo do Maranhão sem o apoio de Lula, Dilma e do petismo federal. Em entrevista ao blog, ele definiu como “um bom namoro” o esforço que realiza para atrair o PSDB e o PSB para sua coligação. Se a coisa evoluir para o “casamento”, como espera, Dino vai franquear seu palanque estadual a Aécio e Campos, os rivais de Dilma. Serei um bom anfitrião de ambos, declara.”

Com o cinismo de uma dama de cabaré, sempre pronta receber convidados ao seu baile, e sem conseguir convencer de que é uma novidade na política, Flávio Dino repetiu chavões e mostrou suas contradições. A entrevista sequer evoluiu para que Josias de Souza aproveitasse algumas linhas para uma nota em sua coluna dominical no jornalão Folha de São Paulo. A imprensa nacional está frustrada com o nome que promete "mudar" o Maranhão.