A entrevista do colunista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, com o
pré-candidato ao Governo do Maranhão, Flávio Dino, serviu apenas para
mostrar, mais uma vez, a péssima relação que o comunista tem com a
verdade.
Receoso de que o desempenho pífio à frente da Embratur tenha reflexos na
eleição de 2014, Dino determinou ao séquito de assessores que distribua
releases e matérias com elogios à sua gestão, encomendados por ele
mesmo a amigos. A edição desta segunda (3), do tabloide oposicionista
Jornal Pequeno, traz em metade da página principal da editoria de
Política um destes releases que fariam corar de vergonha qualquer
dirigente de órgão público que não fosse Flávio Dino.
O título é um blefe deslavado: “Trabalho de Flávio Dino no comando da Embratur é reconhecido nacionalmente”. Sobre “trabalho” já se sabe que ele nunca foi muito fanático, agora ser “reconhecido nacionalmente” é tão cabotino quanto embusteiro. Dino adora lamber a si mesmo.
Toda a Imprensa nacional sabe do fiasco de Dino à frente da Embratur. Na
entrevista ao blog do colunista da Folha de São Paulo, Josias de Souza,
a avaliação do jornalista é irrefutável:
“Dino deixará a Embratur sem conseguir devolver para patamares
razoáveis os preços a serem cobrados pelos hotéis brasileiros durante a
Copa do Mundo. Desde o ano passado, a pasta do Turismo estima que os
preços das diárias hoteleiras sofrerão variações de até 580%. “Creio que
nós conseguimos evitar uma expansão ainda maior nos preços”, diz o
ainda presidente da Embratur. Ele avalia que a situação “pelo menos não
piorou”. Dino culpa a Fifa pelo descalabro”. Aliás, culpar, é uma das especialidades do comunista maranhense, na cômoda situação de oposição.
O presidente da Embratur conjuga uma personalidade contraditória em um
misto de atirador de pedras (e de “Pedrinhas”, conforme ficou
comprovado) e de completa incoerência política. O próprio Josias de
Souza escreveu com sutileza e elegância: “Flávio Dino, tornou-se a
personificação do paradoxo”. E citou o que se pode classificar como
cinismo e oportunismo, querendo uma unanimidade em torno de si que não
existe no jogo político.
Souza faz a análise: “Filiado ao PCdoB, uma logomarca que vem sempre
enganchada ao PT, Dino se equipa para disputar o governo do Maranhão sem
o apoio de Lula, Dilma e do petismo federal. Em entrevista ao blog, ele
definiu como “um bom namoro” o esforço que realiza para atrair o PSDB e
o PSB para sua coligação. Se a coisa evoluir para o “casamento”, como
espera, Dino vai franquear seu palanque estadual a Aécio e Campos, os
rivais de Dilma. Serei um bom anfitrião de ambos, declara.”
Com o cinismo de uma dama de cabaré, sempre pronta receber convidados ao
seu baile, e sem conseguir convencer de que é uma novidade na política,
Flávio Dino repetiu chavões e mostrou suas contradições. A entrevista
sequer evoluiu para que Josias de Souza aproveitasse algumas linhas para
uma nota em sua coluna dominical no jornalão Folha de São Paulo. A
imprensa nacional está frustrada com o nome que promete "mudar" o
Maranhão.
Embora o Maranhão seja o último estado em número de domicílios com
acesso a Internet, segundo o IBGE, a tropa de choque dinista insiste em
achar que vai ganhar eleição no Twitter ou no Facebook. A falta de obras
ou serviços no currículo de Flávio Dino tem sido “compensada” pelo
núcleo de campanha com uma única arma: disparar críticas contundentes ao
Governo do Estado nas redes sociais, blogs e em jornais com placa de
VENDE-SE ou ALUGA-SE.
O comunista chegou ao cúmulo de postar hoje em seu perfil no Twitter que
“os crimes estão aumentando” e questionou: “Estão esperando mais
tragédias?”. Obviamente que o sucesso da campanha dele depende de “mais
tragédias” acontecerem. Igual a um abutre, Dino parece viver na ânsia
por desgraças no seu estado natal para poder aparecer como um “Salvador
da Pátria”.
Entre os grupos que atuam como terroristas virtuais, estão os advogados
da elite com interesses variados em fazer campanha ao presidente da
Embratur. São jovens endinheirados de 30 a 45 anos, que frequentam os
melhores restaurantes de São Luís, viajam duas vezes por ano para o
exterior, gastam montanhas de dinheiros em grifes e que não nutrem
empatia alguma por ideais como o de “justiça social” ou pelo
“socialismo”. Os comunistas de caviar querem Flávio Dino porque têm negócios em suas bancas. E já começaram a campanha em seus escritórios.
Um exemplo emblemático da avaliação aconteceu ontem (29), durante uma
briga no Twitter. O advogado Gutemberg Braga desrespeitou o direito de
expressão de um profissional respeitado, natural do Ceará, mas radicado
aqui em São Luís. Braga, que é nomeado pela Procuradoria Geral do
Município (menos pela reputação e mais pelas posição política) agiu como
um ditadorzinho comunista e patrulhou o rapaz. O causídico advoga no
luxuoso escritório Ítalo Azevedo Advogados Associados, que pertenceu ao
desembargador Paulo Velten. Braga e Velten mantém ligações profissionais
mais do que estreitas, comentam no meio jurídico.
O desembargador foi o mesmo que decidiu a favor de uma indenização gorda
para a família de um preso morto por um companheiro de cela. Velten
determinou que o Estado deveria pagar 60 mil reais por danos morais à
família do bandido e mais as despesas com funeral (R$ 163), com pensão
mensal de meio salário mínimo. Mais um que “zelou” pelos direitos
humanos de um marginal, a exemplo de Dino.
A paralisação dos funcionários do Socorrão I mostrou mais do que a falta
de ingerência da administração municipal no caótico setor de saúde
pública. Além do amontoado de pessoas doentes nos corredores, algumas ao
lado de depósitos de materiais contaminados, como mostrou ontem (29), o
repórter Alex Barbosa, da Globo, faltam até alimentos.
Mas há ausência também de transparência na gestão das verbas públicas.
Em 2013, não houve carnaval de passarela em São Luís. Na ocasião, o
prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior afirmou que destinaria 50%
das verbas destinadas ao carnaval a pasta da Saúde. Dos R$ 2 milhões de
verba para a Func custear a estrutura de funcionamento da passarela,
para higienização, segurança, sonorização, cachê dos jurados e
iluminação, não sobrariam para pagar os cachês solicitados pelas escolas
de samba e blocos tradicionais. Com isso, a União das Escolas de Samba d
Estado do Maranhão (UESMA), a Associação Maranhense de Blcos
Carnavalescos (AMBC) e a Academia de Blocos Tradicionais do Estado do
Maranhão (ABTEMA) anunciaram que não iriam participar do carnaval e o
prefeito decidiu não realizar a festa.
A Prefeitura afirmou publicamente que R$ 1 milhão do Carnaval de
Passarela iriam para o orçamento da Secretaria Municipal de Saúde
(Semus), que agonizava. O então diretor do Hospital Socorrão I, Yglesio
Moyses, chegou a fazer um apelo por doações de alimentos para os
pacientes nas redes sociais, arrecadando de quase duas toneladas de
comida.
Um ano depois, falta comida para pacientes e funcionários e a situação
piorou ainda mais, com servidores ameaçando paralisar todas as
atividades. E a Prefeitura nunca explicou se os 50% da verba do carnaval
2013 foram mesmo para a Saúde.
Balanço divulgado pela São PauloTransporte (SPTrans) aponta que 31
ônibus coletivos foram queimados na capital desde o início do ano, uma
média de mais de um ônibus por dia.
Apenas ontem (29), quatro coletivos foram incendiados, de acordo com a
Polícia Militar. Temendo novos ataques, motoristas decidiram, na noite
de ontem, fazer desvios nos itinerários que passam pelo extremo sul da
cidade. Com isso, muitos passageiros tiveram que fazer os percursos a pé
para chegar em suas casas.
Por volta das 14h de ontem, um ônibus foi totalmente destruído pelo fogo
na Estradado M'Boi Mirim, na região do Capão Redondo, zona sul. Um
grupo de 15 pessoas foi flagrado apedrejando e tentando incendiar o
coletivo quando os policiais chegaram.
Próximo dali, a 1,5 quilômetro de distância, em um cruzamento da mesma
via, outro coletivo ficou parcialmente destruído. Um terceiro veículo
também foi apedrejado na região do Capão Redondo por cerca de 15
pessoas, que obrigaram o motorista a sair do ônibus quando passava pela
Rua Citeron.
Por volta das 23h, os criminosos também atacaram um coletivo na Rua
Desembargador Arlindo Pereira, na região do Itaim Paulista, zona leste,
com coquetéis molotov. O motorista e o cobrador conseguiram conter as
chamas e o veículo ficou parcialmente destruído. Ninguém se feriu.
Duas pessoas foram detidas e seis menores de idade foram apreendidos em
flagrante e conduzidos ao 47º Distrito Policial, no Capão Redondo. Eles
serão indiciados por associação criminosa, dano qualificado, resistência
e, no caso dos detidos por atear fogo ao ônibus, por incêndio. Segundo a
Polícia Civil, os detidos alegaram que protestavam pela morte de um
amigo.
Celular de preso com ligações para sindicalistas confirma que crise atendia a interesses políticos
A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão
registrou ocorrência (n° 009/2014) denunciando um celular encontrado em
posse do detento, José Jardersom Sá Matias, suspeito de manter contato
com uma diretora do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Liana Furtado e
com o ex-diretor de Pedrinhas, Raimundo Fonseca.
Segundo o secretário Sebastião Uchôa, Liana Furtado já teria ligado para
algumas rádios locais dando informações equivocadas de mortes, fugas e
motins nos presídios. O marido dela responde a processo na Corregedoria
do Sistema Penitenciário. O secretário suspeita também de uma
articulação política para promover terror na penitenciária. "Uma pessoa
que trabalhava no Presídio São Luís ouviu conversas de um agente
penitenciário dando orientações de como os presos deveriam se comportar
para criar terrorismos no sistema penitenciário", relatou Uchôa.
A revelação de que a diretora do sindicato, Liana Furtado, trocava
telefonemas com o preso em questão, também reforça suspeitas levantadas
pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antonio
Pedrosa, de que o sindicato insuflou a guerra de gangues em Pedrinhas e
que o ex-secretário de Segurança, Raimundo Cutrim, hoje filiado ao PCdoB
de Dino, mantém fortes ligações com os agentes.
O mais grave ainda são as ligações de membros do sindicato com o
comunista Flávio Dino, que alardeou a crise penitenciária para todo o
país, com artigos em jornais de circulação nacional, tirando proveito do
problema para se promover na campanha ao Governo do Estado. Na foto
desta postagem, César Bombeiro, que controla o sindicato dos agentes
penitenciários, aparece comemorando ao lado de Flávio Dino, do prefeito
Edivaldo Holanda, do advogado Dimas Salustiano e do petista Márcio
Jardim.
Após os ataques a ônibus e delegacias, que culminaram na morte da menina
Ana Clara, a tropa de choque dinista, que age nas redes sociais para
detonar o Governo do Estado, se encarregou de explorar à exaustão a
crise. Neste semana, a assessora de Dino, Aline Louise, ultrapassou o
limite do ridículo, ao escrever na página registrada em seu nome,
Maranhão da Gente: “Ana Clara não pode ver as gaivotas”, em resposta ao
texto sobre orgulho pelas belezas do Maranhão, registrado pela
respeitada jornalista Jacqueline Heluy no Facebook.
A apreensão dos chips e celulares em poder do preso demonstra ligações
muito mais perigosas do que se pode imaginar, com cores vermelhas.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Maranhão
(ABIH-MA), o setor hoteleiro de São Luís registrou neste mês de janeiro
80% de cancelamentos das reservas previstas para o período. A taxa de
ocupação média dos hotéis da capital para este mês é de 35%, uma
porcentagem muito pequena – menos da metade verificada em dezembro, que
foi de 80%.
Obviamente que a causa da queda diminuição também está relacionada à
repercussão negativa explorada pelos meios de comunicação, dos ataques a
ônibus ordenados de dentro do sistema penitenciário. Mas o problema,
similar ao de vários outros estados brasileiros, foi ampliado com uma
ação orquestrada pelos “plantadores de notícias” que politizaram,
propositalmente, os atos de violência no Maranhão para favorecer a
candidatura do comunista Flávio Dino que, por ironia do destino, vem a
ser o presidente de um instituto nacional para promoção do Turismo, a
Embratur.
Na semana passada este blog chegou a questionar: o que dizer de
alguém que ocupa o cargo de presidente de um instituto nacional para
promoção turística do País e que é o primeiro a “divulgar” a crise no
sistema prisional nos veículos de todo o Brasil? Para a
conscientização da população, logo após a enxurrada de notícias
contaminadas pela politicagem, com a Globo e os chamados jornalões,
quase diariamente, fazendo chacota do Maranhão, foram divulgados os
gastos da Embratur com propaganda. Foram impressionantes 320 milhões de
reais torrados com mídia, publicidade e empresas com profissionais de
grande trânsito entre as redações da grande imprensa (facilitando assim a
“plantação” de notas para atender a interesses diversos).
Esta página chegou a levar em consideração que o problema “naturalmente
traria prejuízos ao turismo de qualquer estado”. Agora, os números
mostram que a crise afetou o turismo de São Luís. E mais do que isto,
explicam como é o comportamento do presidente da Embratur, inconsequente
e negligente para com as responsabilidades exigidas pelo cargo que
ocupa. Um gestor que vai deixar o órgão no final desta semana como um
rombo na conta turismo do Brasil de quase 20 milhões, segundo informou o
jornal Folha de São Paulo. E que, ao invés de trabalhar para estimular o
turismo em sua terra natal, apenas reforçou o preconceito que a mídia
sulista tem com o Maranhão e o Nordeste, de forma geral.
O pré-candidato ao governo do Maranhão pelo PMDB, Luis Fernando
Silva, desmontou ontem (25) durante o encontro promovido pelo prefeito
Magno Linhares, em Itapecuru, o falso discurso do presidente da
Embratur, Flávio Dino.
Na presença de centenas de pessoas, Luis Fernando disse que ninguém
muda o Maranhão só no “gogó” e com falsas promessas. Para ele, mudança
se faz com trabalho. “Entrei na política para mudar um cidade [São José de Ribamar] e hoje eu sonho em mudar o Maranhão”,.
O peemedebista disse ainda que o grupo liderado pelo comunista Flávio
Dino passou sete anos no governo e não teve o que mostrar. “Quem passa sete anos no governo e não tem o que mostrar, pode ter alguma credibilidade?”, perguntou Luis Fernando às pessoas presentes.
O secretário de Infraestrutura falou que por onde a oposição passa
deixa um rastro de inverdades sobre sua capacidade de trabalhar. “Agora
é assim, onde eu vou eles vão atrás. Não tenho nenhum processo contra
mim em oito mandatos como secretário e dois como prefeito”.