sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Celular de preso com ligações para sindicalistas confirma que crise atendia a interesses políticos




A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão registrou ocorrência (n° 009/2014) denunciando um celular encontrado em posse do detento, José Jardersom Sá Matias, suspeito de manter contato com uma diretora do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Liana Furtado e com o ex-diretor de Pedrinhas, Raimundo Fonseca.

Segundo o secretário Sebastião Uchôa, Liana Furtado já teria ligado para algumas rádios locais dando informações equivocadas de mortes, fugas e motins nos presídios. O marido dela responde a processo na Corregedoria do Sistema Penitenciário. O secretário suspeita também de uma articulação política para promover terror na penitenciária. "Uma pessoa que trabalhava no Presídio São Luís ouviu conversas de um agente penitenciário dando orientações de como os presos deveriam se comportar para criar terrorismos no sistema penitenciário", relatou Uchôa.

A revelação de que a diretora do sindicato, Liana Furtado, trocava telefonemas com o preso em questão, também reforça suspeitas levantadas pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antonio Pedrosa, de que o sindicato insuflou a guerra de gangues em Pedrinhas e que o ex-secretário de Segurança, Raimundo Cutrim, hoje filiado ao PCdoB de Dino, mantém fortes ligações com os agentes.

O mais grave ainda são as ligações de membros do sindicato com o comunista Flávio Dino, que alardeou a crise penitenciária para todo o país, com artigos em jornais de circulação nacional, tirando proveito do problema para se promover na campanha ao Governo do Estado. Na foto desta postagem, César Bombeiro, que controla o sindicato dos agentes penitenciários, aparece comemorando ao lado de Flávio Dino, do prefeito Edivaldo Holanda, do advogado Dimas Salustiano e do petista Márcio Jardim.

Após os ataques a ônibus e delegacias, que culminaram na morte da menina Ana Clara, a tropa de choque dinista, que age nas redes sociais para detonar o Governo do Estado, se encarregou de explorar à exaustão a crise. Neste semana, a assessora de Dino, Aline Louise, ultrapassou o limite do ridículo, ao escrever na página registrada em seu nome, Maranhão da Gente: “Ana Clara não pode ver as gaivotas”, em resposta ao texto sobre orgulho pelas belezas do Maranhão, registrado pela respeitada jornalista Jacqueline Heluy no Facebook.

A apreensão dos chips e celulares em poder do preso demonstra ligações muito mais perigosas do que se pode imaginar, com cores vermelhas.

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