sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Prefeitura alegou que 50% das verbas destinadas ao Carnaval 2013 iriam para a Saúde. Foi?



A paralisação dos funcionários do Socorrão I mostrou mais do que a falta de ingerência da administração municipal no caótico setor de saúde pública. Além do amontoado de pessoas doentes nos corredores, algumas ao lado de depósitos de materiais contaminados, como mostrou ontem (29), o repórter Alex Barbosa, da Globo, faltam até alimentos.

Mas há ausência também de transparência na gestão das verbas públicas. Em 2013, não houve carnaval de passarela em São Luís. Na ocasião, o prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior afirmou que destinaria 50% das verbas destinadas ao carnaval a pasta da Saúde. Dos R$ 2 milhões de verba para a Func custear a estrutura de funcionamento da passarela, para higienização, segurança, sonorização, cachê dos jurados e iluminação, não sobrariam para pagar os cachês solicitados pelas escolas de samba e blocos tradicionais. Com isso, a União das Escolas de Samba d Estado do Maranhão (UESMA), a Associação Maranhense de Blcos Carnavalescos (AMBC) e a Academia de Blocos Tradicionais do Estado do Maranhão (ABTEMA) anunciaram que não iriam participar do carnaval e o prefeito decidiu não realizar a festa.

A Prefeitura afirmou publicamente que R$ 1 milhão do Carnaval de Passarela iriam para o orçamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), que agonizava. O então diretor do Hospital Socorrão I, Yglesio Moyses, chegou a fazer um apelo por doações de alimentos para os pacientes nas redes sociais, arrecadando de quase duas toneladas de comida.
Um ano depois, falta comida para pacientes e funcionários e a situação piorou ainda mais, com servidores ameaçando paralisar todas as atividades. E a Prefeitura nunca explicou se os 50% da verba do carnaval 2013 foram mesmo para a Saúde.

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